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Aconteceu nesta sexta-feira (11), na sede da Bovespa (B3), em São Paulo. o leilão de concessão dos serviços de água e esgotamento sanitários realizados pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). A empresa Aegea Saneamento e Participações, velha conhecida, venceu três dos quatro lotes leiloados na tarde desta sexta-feira (28).

A meta é atingir a universalização do abastecimento de água até 2033 e garantir a cobertura de 90% do esgotamento sanitário até 2039. O investimento privado será de aproximadamente R$ 20 bilhões.

A empresa vencedora já atua em duas concessões municipais no Pará nas cidades de Barcarena e Novo Progresso. Agora, atenderá mais 99 cidades, segundo Renato Medicis, vice-presidente na Aegea.

O investimento foi de R$ 1,4 bilhão (R$ 1.426.766.522,90), sendo para cada bloco arrematado:

  • Bloco A – 26 cidades na região metropolitana e o Marajó: R$ 1.168.012.277,50
  • Bloco B – 50 cidades no nordeste do Pará: R$ 140.926.879
  • Bloco D – 23 cidades no sul e sudeste do Pará: R$ 117.827.366,40
  • Bloco C- 27 cidades na região Oeste e sudoeste: Não teve proposta

Tailândia

O leilão de ontem traz dois avisos aos paraenses moradores da região nordeste, no caso nós de Tailândia. A primeira, o Bloco B do certame que é o que representa os valores de R$ 140.926.879, os 50 municípios da região foram contemplados.

O segundo é exatamente que ninguém sabe como se dará essa concessão, a não ser que a meta da concessionária é a universalização do abastecimento de água até 2033, e que 30% dos usuários terão tarifa social.

E os poços artesianos? A responsabilidade social e as contrapartidas da empresa com relação a sociedade vulnerável, valor da tarifa, qualidade da água e serviços na sede do município, nos conjuntos habitacionais e na zona rural?

E por baixo dessa concessão, muita água a de rolar.

Protestos não haveriam de faltar

A concessão de serviço de água e esgoto foi alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), junto Supremo Tribunal Federal (STF) protocolada pela Associação Nacional dos Serviços municipais de Saneamento.

A ministra Carmem Lúcia é a relatora e pediu que o Governo e a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) prestem esclarecimentos sobrte o edital em cinco dias. O governo ainda não foi notificado, mas diz ter segurança da clareza e da adequação dos procedimentos.

Informações G1