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Em um cenário nacional marcado pela queda nas vendas do comércio, o Pará foi na contramão da tendência e apresentou alta de 1,7% no varejo em março, na comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados são do Índice do Varejo Stone (IVS), divulgados nesta segunda-feira (14).

Enquanto a média nacional mostrou retração de 1,8%, o Pará ficou entre os sete estados que registraram desempenho positivo no período. Além do Pará, também tiveram crescimento no varejoAcre (2,1%)Goiás (1%)Roraima (0,8%)Piauí (0,6%)Sergipe (0,5%) e Amazonas (0,3%).

Pará mantém bom desempenho no comércio em 2024

Segundo Matheus Calvellipesquisador econômico da Stone, o resultado positivo do estado reforça uma sequência de bons desempenhos desde o início do ano. “O Pará vem performando bem, com resultados positivos nos três primeiros meses de 2024, mesmo com o cenário de desaceleração do varejo de forma geral. Assim, não é uma surpresa que o estado tenha figurado entre os destaques deste mês”, afirma.

Setores com maior queda nas vendas

Apesar do bom desempenho no Pará, o panorama nacional segue de baixa no consumo. Em relação a fevereiro, o varejo brasileiro caiu 1,6%. O e-commerce liderou as perdas, com recuo de 12,9%, enquanto o varejo físico teve queda de 0,1%.

Entre os oito segmentos analisados no índice, apenas um teve crescimento mensal: hipermercados, supermercados, alimentos, bebidas e fumo, com avanço de 2,2%. Os demais registraram retrações:

  • Material de construção: -5,5%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -3,4%
  • Móveis e eletrodomésticos: -2,7%

No acumulado de 12 meses, o setor de material de construção teve o melhor desempenho (3,2%), seguido por combustíveis e lubrificantes (2,3%). Já o setor editorial (livros, jornais, revistas e papelaria) registrou a maior queda: -13,6%.

E-commerce acumula queda em 2024

comércio eletrônico segue em ritmo de queda tanto no curto quanto no longo prazo. Em março, as vendas online caíram 12,9% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a retração foi ainda maior: 13,1%.

Já o varejo físico, que representa a maior parte das vendas no país, ficou praticamente estável, com leve recuo de 0,1% no mês e 2,8% nos últimos 12 meses.

Informações O Liberal