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A entrada em vigor da bandeira tarifária amarela neste mês de maio deve gerar um aumento médio de até R$ 16,21 na conta de energia dos consumidores paraenses, conforme projeções de economistas ouvidos pelo Grupo Liberal nesta segunda (5/05).

A decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), motivada por precaução diante do comportamento hidrológico do país, reacende debates sobre o custo elevado da energia na Região Norte e os efeitos sociais e econômicos. Um paraense que consome em média 400 a 600 kWh por mês pode ver a conta subir mais de R$ 10, enquanto pequenas empresas e famílias de baixa renda sentem o impacto direto no bolso.

Com a aplicação da bandeira amarela, cada 100 kWh consumidos acarretam uma cobrança adicional de R$ 1,885.

No Pará, onde o consumo residencial gira entre 270 e 530 kWh, esse reajuste pode representar um acréscimo médio entre R$ 5 e R$ 16,21 por mês, segundo estimativas de economistas como Genardo Oliveira e Nélio Bordalo.

A média da conta de energia elétrica no estado, que era de R$ 216,09 em dezembro de 2024, segundo a Abrace (Associação Brasileira de Consumidores de Energia) pode chegar a R$ 232,30 com a bandeira em vigor, conforme cálculo de Gerardo Oliveira.

A tarifa extra também representa um desafio para pequenos negócios, principalmente nos setores de comércio e serviços, que dependem fortemente de equipamentos elétricos. “Freezers, câmaras frias, ventiladores e maquinário elevam o consumo, e esse custo, na maioria das vezes, é repassado ao consumidor final”,

afirma Carlindo Lins, engenheiro elétrico e consultor do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Pará.

Informações O Liberal