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O Brasil tem 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autismo (TEA), o que representa 1,2% da população, segundo dados do Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (23/5).

O instituto concluiu por meio de técnicas de amostragem que a prevalência é maior entre homens (1,5% da população masculina) do que entre as mulheres (0,9% da população feminina).

A prevalência de pessoas diagnosticadas com TEA em relação à população foi parecida em todas as regiões do Brasil, segundo o levantamento, o índice para quase todas as regiões foi o mesmo da taxa nacional, de 1,2%. Apenas o Centro-Oeste ficou ligeiramente abaixo, com 1,1%.

Ao mesmo tempo, os três Estados mais populosos também foram o que registraram a maior ocorrência de pessoas diagnosticadas com autismo, na seguinte ordem: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No recorte por raça, o IBGE verificou maior prevalência de diagnóstico entre as pessoas que se declararam brancas (1,3%), o que equivale a 1,1 milhão de pessoas.

Apesar do percentual entre as pessoas que se declararam como pretas e pardas ser igual (1,1%), em número de pessoas, os autistas são mais pardos do que pretos: 1 milhão de pessoas pardas e 222 mil pretas.

No Brasil, a maioria (45,3%) da população do país se declara parda, segundo o Censo, seguida de 43,5% que declararam brancos, 10,2%, pretos, 0,8% indígenas e 0,4% amarelas.

O Censo aponta que a maioria dos alunos diagnosticados no espectro autista estão no ensino fundamental: 508 mil crianças e adolescentes, o que representa 66,8% das crianças diagnosticadas com TEA no Brasil.

Já no ensino médio (que tem alunos com idades entre 15 e 17 anos em geral), existem hoje 93,6 mil adolescentes diagnosticados com autismo matriculados, representando 1,2% do total de alunos (7,7 milhões).

Ainda sobre educação, o Censo investigou a taxa de escolarização das pessoas autistas. Ou seja, a proporção de pessoas com o transtorno que frequentavam a escola, em qualquer nível de ensino, no momento da pesquisa.

O levantamento apontou que essa taxa é maior entre os autistas (36,9%) do que na população sem esse diagnóstico (24,3%).

“Essa diferença se dá porque há uma maior concentração da população com TEA nas idades mais jovens, principalmente entre 6 e 14 anos, e este é o grupo de idade que possui as maiores taxas de escolarização, concentrando mais da metade da população de estudantes com TEA”, afirma Raphael Fernandes, analista do IBGE.

Informações BBC.