Um novo movimento de fé tem ganhado força no Brasil e tocado os corações de milhões de pessoas. Liderado pelo Padre Gilson, da Comunidade Resgate, o rosário da madrugada se tornou uma verdadeira revolução silenciosa na Igreja Católica — não apenas por sua proposta, mas por sua impressionante adesão.
Com transmissões diárias nas primeiras horas do dia, o rosário reúne mais de um milhão de pessoas em oração, despertando não só a fé de muitos, mas também reflexões sobre a espiritualidade, o recolhimento e a busca por Deus em meio ao caos cotidiano.
O que para muitos poderia parecer um horário improvável — rezar às 4h da manhã — se transformou em um movimento popular, intenso e verdadeiro. Pessoas de todas as idades, estados e realidades se reúnem virtualmente para rezar o terço, ouvir a Palavra e partilhar da fé católica. Um verdadeiro despertar espiritual que tem causado reações intensas.
Incomoda. E por quê?
O crescimento do movimento tem gerado incômodo em alguns setores. Em tempos em que shows de madrugada, festas e lives de sertanejo não provocam qualquer surpresa, ver mais de um milhão de pessoas reunidas para rezar tem incomodado — não pelo barulho, mas pelo impacto. O silêncio da fé, a devoção coletiva e o retorno ao sagrado provocam.
Padre Gilson, com sua simplicidade, profundidade e carisma, não apenas conduz o rosário, mas resgata valores há muito esquecidos: o silêncio da alma, a força da oração e a beleza da fé católica vivida em comunidade.
Um sinal dos tempos?
O fenômeno do rosário da madrugada pode sinalizar um renascimento da fé católica no Brasil, especialmente entre os jovens e os que haviam se afastado da Igreja. O Brasil, historicamente católico, tem visto uma redução no número de fiéis nas últimas décadas. Mas movimentos como esse mostram que o espírito da Igreja permanece vivo — pulsando, orando, se reinventando sem perder a essência.
E talvez seja esse o verdadeiro milagre: colocar o povo para rezar, em plena madrugada, e ainda assim fazer nascer luz.