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O mundo se prepara a partir desta segunda-feira (21) para dar adeus a mais um Papa. A morte de Francisco inicia tanto o processo de sucessão quanto os preparativos para o funeral do Pontífice. A despedida se dá por meio de um rito que foi simplificado pelo próprio líder da Igreja no ano passado.
Falecimento
- a verificação da morte não aconteceu mais no quarto do Papa, mas em uma capela privada, para onde foi levado vestido com uma batina branca e onde um Camerlengo, outras autoridades do Vaticano e membros da família do Papa participaram de uma cerimônia;
- após a confirmação da morte, o corpo do Pontífice foi depositado diretamente em um único caixão, de madeira e zinco, e não mais sob a exigência anterior de que fosse envolvido por três caixões (de cipreste, chumbo e carvalho). É nele que Francisco será enterrado;
- depois da cerimônia na capela, o Camerlengo redigiu um documento autenticando a morte do papa, no qual afixou o relatório médico. Ele então atuu para proteger os documentos privados do Pontífice e selou seus apartamentos, uma ampla seção no segundo andar da Casa Santa Marta, residência de hóspedes da Cidade do Vaticano, onde Francisco viveu durante seu papado;
- o Camerlengo também procedeu para destruir o chamado anel do pescador, usado pelo Papa para selar documentos com um martelo cerimonial para evitar falsificações.

Missa e sepultamento
- A Assembleia de Cardeais decidirá a data e a hora em que o corpo do papa será levado para a missa exequial na Basílica de São Pedro, em uma procissão liderada pelo Camerlengo e na qual o corpo do papa no caixão começará a ser visto;
- o corpo será exposto ao público somente no caixão e não mais num pedestal elevado, como foi feito com os antecessores João Paulo II e Bento XVI;
- a cerimônia, como de praxe, terá a presença de chefes de Estado e de governo;
- ao fim da missa e da exibição do corpo, haverá o sepultamento;
- o rosto do papa será coberto por um véu de seda branco e será enterrado com uma bolsa contendo moedas cunhadas durante seu papado e uma vasilha com um “rogito”, ou escritura, listando brevemente detalhes de sua vida e papado. O rogito é lido em voz alta antes de o caixão ser fechado;
- nos noves dias posteriores à missa exequial, haverá missas em sufrágio ao Papa, as chamadas novendiais.
Outra alteração proposta por Francisco, que parte também de uma vontade pessoal, é a flexibilidade do local do sepultamento. Contrariando uma tradição que vem desde 1903, ele será enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore e não na Basílica de São Pedro.
Informações O Globo